quarta-feira, 12 de março de 2008

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Sentir a vida escorregar pelas minhas mãos, sentir que tudo o que me rodeia não faz sentido, sentir que toda a minha força foi pelo cano abaixo e que agora só resto eu e os meus pensamentos, sentir toda a minha vida a andar para trás, sentir que todos os meus esforços foram feitos em vão e que hoje estou aqui, onde não quero, e não posso mudar nada porque o que está feito está feito, suplicar por alguma dignidade, viver todos os momentos da minha vida como se fossem o ultimo, começar a voltar a sentir a alegria que sempre me pertenceu, viver, sim viver, porque nada é mais belo do que a própria vida, voltar a estar rodeada das pessoas que amo e sentir que, de uma vez por todas, a vida volta a ganhar significado e que posso descansar, porque agora, agora esta tudo bem e nada é como antes, nem nunca mais vai voltar a ser.

quinta-feira, 6 de março de 2008

No Metro















Esta manhã, ao andar mais uma vez pelo metro em Lisboa, reparei que todas as pessoas que estavam ali caminhavam, tal como eu, rumo ao seu destino. Mas, ao observar atentamente entendi que nunca irei saber para onde estas pessoas vão, para onde caminham, o que se passa na sua vida, quais são os problemas que as atormentam, quais serão os seus objectivos, as suas promessas, os seus deveres, os seus amores.... E foi aqui que percebi, ningém, mas mesmo ningém ali se importa com nada. Todas as pessoas tinham aquele olhar, aquele olhar vazio de quem ainda está a observar os seus entes queridos que ficaram em casa, o sorriso do filho, o abraço do marido e o desejo de um bom dia, o pequeno almoço feito pela mãe. Relembram todos esses momentos porque sabem que ao final do dia ião estar nos seus braços de novo, no conforto de casa, no seu lar, onde são quem quiserem sem medos nem receios, porque ali, e só ali, todos se amam e respeitam
. E é neste olhar, neste unico olhar sobre as pessoas, que imaginei como seria se algum dia alguém reparasse em mim e relatasse o que viu, naquele momento, no metro de Lisboa.

quarta-feira, 5 de março de 2008

My first post


Não sei do que quero falar, mas com o fluir da escrita acho que vou conseguir. Com este blog espero crescer como escritora, aprender e divertir-me porque nunca fiz um, e espero que a experiencia seja positiva. Não revelo o meu nome, quem visualizar este blog pode conhecer-me simplesmente como Slytha, uma jovem como tantas outras que sonha ser alguém um dia. Já passei por momentos bons, óptimos, maus... as coisas que normalmente acontecem na vida. Como se costuma dizer: o que não nos mata apenas nos torna mais fortes e com todas as más experiencias recolhemos sempre bons frutos, nem que seja aprender a ser uma melhor e mais bela pessoa. Porque criar um blog? uma pergunta á qual não tenho resposta, por simples vontade (e vá um pouco de esforço por parte da minha estrela) uma vontade subita de escrever que ao longo dos tempos tem despertado em mim. Espero que ideias criativas surgam na minha cabeça, para que mais tarde poste aqui vários textos escritos nos momentos únicos de inspiração.